Um relatório da NeoTrust revelou que, em 2019, as vendas online no Brasil somaram R$ 75,1 bilhões. Entretanto, isso se refere às transações em e-commerce, que são apenas uma das segmentações de e-business. Apesar de serem referenciados como sinônimos, e-commerce e e-business são conceitos diferentes, embora possam ser complementares.
Se está pensando em investir em um negócio que tem como base a internet, ou caso esteja passando pela transformação digital da sua organização, é fundamental conhecer as particularidades e entender as diferenças e aplicações de e-commerce e e-business. Pensando nisso, reunimos as principais características desses dois modelos de negócios neste artigo. Acompanhe o conteúdo e descubra mais sobre estes conceitos!
O que é e-commerce
E-commerce é um termo bastante popular que, traduzido, significa “comércio eletrônico”. Em linhas gerais, trata-se do processo de compra e venda de bens e serviços pela internet — desde o pedido até o pagamento. Também é considerado e-commerce qualquer tipo de transação facilitada pelo universo online. Por esse motivo, há diversos tipos de e-commerce: B2B, B2C e C2C são alguns exemplos.
Ainda no universo de e-commerce, existem diversas lojas físicas que também realizam vendas online. Nestes casos, a compra é feita na loja virtual e a retirada na loja física. O pagamento pode ser realizado virtualmente ou no momento em que o cliente busca a mercadoria no estabelecimento. Isso significa que a empresa tem um e-commerce e investe em uma estratégia de crosschannel ou omnichannel.
Para se ter ideia, o primeiro registro que se tem de venda online remonta a 1994. Desde então, o comércio eletrônico tem evoluído muito, facilitando nossa forma de descobrir e comprar produtos e contratar serviços disponíveis no mercado. Além disso, o volume de vendas cresceu de forma exponencial, fazendo com que o segmento se tornasse extremamente significativo, principalmente para o varejo.
Características do e-commerce
Entre as características principais do e-commerce, destacam-se:
- conveniência para a aquisição de bens e serviços pelo cliente;
- disponibilidade para transações em tempo integral;
- amplo alcance geográfico de clientes;
- baixos custos operacionais;
- transações facilitadas por recursos digitais.
Vantagens do e-commerce
A mudança no comportamento do consumidor é um dos motivos que levaram ao crescimento das compras online. Cada vez mais as empresas — especialmente do varejo — têm apostado no desenvolvimento de e-commerces também por seu baixo investimento para um retorno consideravelmente positivo.
As principais diferenças referentes ao custo de manutenção, se compararmos uma loja física e uma virtual, são o valor de aluguel e os encargos trabalhistas pagos a todos os vendedores e demais colaboradores que precisam ser contatados para que o estabelecimento funcione.
Quando há operação de e-commerce, a empresa está apta a vender para um público de cidades e estados diferentes, podendo até mesmo internacionalizar o negócio. Nesse sentido, é necessário contar com uma logística eficiente de entrega para atender tais consumidores. Além disso, o estabelecimento fica aberto 24 horas por dia, 7 dias da semana, o que aumenta as vendas de modo significativo.
No que se refere à experiência do cliente, com o e-commerce, é possível identificar e analisar um maior número de informações sobre seu público. Desse modo, você pode direcionar melhor os anúncios e as ações de marketing, pois também é possível ter acesso a uma série de dados sobre quem compra seus produtos ou contrata os serviços online.
O que é e-business
E-business é uma expressão em inglês que significa “negócio online”. Ou seja, para que uma empresa seja considerada um e-business, é preciso que todos os processos sejam realizados de maneira digital por meio do uso da internet. Parece algo complexo de se materializar. Contudo, você já deve usar diversas dessas soluções.
A Netflix é um clássico exemplo de e-business. Desde o primeiro contato do cliente com a empresa, passando pelo pagamento e relacionamento até a entrega da solução, tudo é feito de maneira online.
Sites de busca, como Google e Bing, também são classificados como e-business, mesmo que não tenham transações comerciais. É possível afirmar que o e-commerce, portanto, é uma forma de e-business. Já o e-business é um conceito mais amplo, que inclui outros negócios, atendendo tanto empresas quanto clientes diretos, assim como serviços administrativos e do governo. Há dois tipos de e-business, quais sejam:
- Pure-play — negócios que são somente eletrônicos;
- Brick and Click — modelos de negócios que existem no mundo online e offline.
Características do e-business
Entre as características principais do e-business estão:
- integração tecnológica como estratégia do negócio;
- agilidade no atendimento e serviços ao consumidor;
- ampla utilização de sistemas eletrônicos;
- otimização de processos e recursos da empresa.
Vantagens do e-business
Visto que o e-commerce é um tipo de e-business, as vantagens do comércio eletrônico também podem ser aplicadas aos negócios digitais de maneira geral.
Do ponto de vista logístico, há uma facilidade que faz com que os processos aconteçam de forma mais rápida e prática. Por exemplo, a comunicação com seus clientes também deve ser pelo canal digital — como e-mail ou redes sociais. Outro benefício do e-business é o rápido e personalizado suporte às demandas do cliente, que também pode ir além do horário de funcionamento das lojas físicas.
Quando se tem um e-business, uma série de dados são gerados sobre a performance do seu negócio a todo instante. Isso se torna uma vantagem competitiva, visto que é possível utilizar diversas ferramentas para analisar o comportamento do consumidor e a performance da operação.
A evolução tende a ser rápida e efetiva nesse cenário, uma vez que é possível realizar mudanças sempre que necessário para melhorar os resultados de maneira mais simples do que em um negócio offline.
Diferenças entre e-commerce e e-business
O primeiro passo para compreender que e-business e e-commerce são conceitos diferentes é saber que o e-business não é apenas a compra e venda de mercadorias. Todas as atividades que exigem conexão com a internet são consideradas como tal. Logo, colocamos aqui, mais uma vez, que o e-commerce é uma parte extremamente significativa do e-business.
Enquanto um e-commerce requer apenas um local e uma rede de internet, o e-business precisa ter um site, CRM e ERP, por exemplo, e usa conexão de internet, intranet e extranet. Por esse motivo, há quem afirme que o e-business é um conjunto de sistemas necessários para que um negócio aconteça.
Para que o e-commerce inicie sua operação, é preciso apenas um site. O fato de o e-business ser 100% online e o e-commerce nem sempre ser assim também é outra diferença importante a se destacar.
Há situações em que a forma como a operação ou o negócio é conduzido pela empresa faz com que ele seja categorizado como um e-business. Como exemplo, temos empresas de locação de imóveis, como Quinto Andar, e aplicativos que disponibilizam treinos de atividades físicas, como o Autoridade Fitness.
A importância desses conceitos e como eles se relacionam entre si
Como visto, há uma relação estreita entre esses dois conceitos. Quando compreendidos em conjunto, eles podem contribuir para os resultados do seu negócio. Isso porque, para que uma empresa seja sustentável e competitiva no mercado, já não basta oferecer um bom produto em ambientes virtuais (e-commerce).
Mudanças no comportamento do consumidor tornam mais exigentes as demandas por soluções digitais para as suas dores. É nesse sentido que o e-business surge como um modelo de negócio que dá sustentação ao e-commerce. A proposta é que, conforme as operações migram para o ambiente virtual, é preciso incorporar conceitos também do e-business para integrar soluções que melhoram a experiência do usuário.
Nesse sentido, adotar uma plataforma de gestão integrada é fundamental para apoiar as estratégias, otimizar os processos do e-commerce e aprimorar a logística e o relacionamento com o cliente.
Qual a realidade do e-commerce e do e-business no Brasil?
Não é preciso dizer que, nos últimos anos, o e-commerce e o e-business estiveram em destaque. A pandemia provocada pelo novo coronavírus, em especial, acelerou um processo já em andamento de mudança no comportamento do consumidor.
Espera-se, dessa forma, que o e-commerce se movimente cada vez mais no Brasil e no mundo, conforme as lojas migram para os mais diversos ambientes virtuais para disponibilizar produtos e oferecer seus serviços.
Para se ter ideia, só em 2020, o e-commerce avançou em 41%, atingindo R$87,4 bilhões no país. Os números apontam para a maior alta em 13 anos. As compras via celular dispararam todas as categorias do varejo, como Casa e Decoração. O e-business, nesse sentido, se tornou um negócio atrativo para muitas empresas.
Não é por acaso que muitas delas passaram a investir mais em tecnologia e inovação, o que tem retornado de maneira positiva. Estudos apontam que o investimento nessa área resulta em um crescimento médio de, aproximadamente, 60% no faturamento das empresas.
Uma coisa é fato: a internet deve aumentar seu alcance e mediar cada vez mais as operações comerciais. Investir em e-commerce e e-business, portanto, é uma forma de manter seu negócio relevante e pensar no futuro sustentável da empresa em curto, médio e longo prazo.
As tendências de mercado e as mudanças no comportamento do consumidor já apontam para uma ampla aderência do público aos recursos e às facilidades que as soluções digitais podem trazer.
Nesse sentido, é interessante elaborar um planejamento estratégico buscando a gradual adaptação do seu negócio ao ambiente virtual, aproveitando ao máximo os benefícios do e-commerce e e-business para impulsionar as vendas e oferecer novas experiências ao consumidor e inovação para a sua empresa.
E então? Gostou do conteúdo? Agora que você já sabe diferenciar e-commerce e e-business, não deixe de compartilhar conosco as suas experiências e percepções sobre o conteúdo nos comentários abaixo!