Inovação empresarial: como estabelecer um processo estruturado para resultados tangíveis

A cada ano, a pauta da inovação empresarial ganha destaque no mercado. Afinal, mais do que apenas contribuir para mais (e melhores) resultados, ela vem sendo enxergada como uma estratégia indispensável aos recursos humanos.

Os efeitos positivos que ela gera são os responsáveis por essa tendência. Por exemplo, ela consegue promover crescimento profissional, aperfeiçoar a cultura organizacional, tornar o ambiente de trabalho mais competitivo e muito mais.

Pensando nisso, trouxemos um artigo que discute o papel da inovação no mundo corporativo e como ela pode ser melhor aproveitada nesse cenário. Acompanhe!

O conceito de inovação

Por muito tempo, a inovação foi vista dentro das organizações como um fenômeno espontâneo. Ligado à criatividade, à versatilidade e à capacidade de mudança que muitos colaboradores tinham para solucionar problemas que surgiam no trabalho.

No entanto, esse fator estava associado a momentos de desafio, surgindo de forma isolada e sem controle. Portanto, os gestores de unidades, assim como os profissionais de RH, não faziam proveito das potencialidades que ela trazia.

O foco das contratações e da manutenção de colaboradores no quadro de funcionários se dava quase que exclusivamente pelas habilidades técnicas e mensuráveis.

Porém, a última década trouxe um olhar para as capacidades que vão além delas e que podem ser igualmente trabalhadas e aproveitadas para o sucesso das empresas. É o caso das soft skills e, em particular, da inovação.

O que antes era tido como um fenômeno pontual e involuntário, passou a ser percebido como um processo. Algo capaz de ser estimulável, replicável, adaptado para diferentes situações e, inclusive, gerenciável a longo prazo. Assim, tornou-se uma ferramenta contínua de melhorias para as demandas internas e externas da companhia.

Elementos-chave de um processo de inovação empresarial estruturado

Há quatro fatores decisivos para um processo de inovação empresarial que seja não apenas efetivo, mas, acima de tudo, estruturado e gerenciável. Capaz de ser fomentado e aproveitado continuamente dentro das corporações. Neste tópico, você vai conhecê-los.

Identificação de Stakeholders

Identifique todos os componentes internos e externos da corporação interessados no processo de inovação empresarial. Assim, você pode se certificar de que eles se unirão a esse propósito. Entra nessa conta, por exemplo:

  • diretores;
  • gestores de departamentos;
  • investidores;
  • parceiros comerciais;
  • escritórios de assessoria;
  • colaboradores;
  • público consumidor.

Isso é fundamental para se desenvolver uma nova cultura organizacional com valores, princípios e objetivos voltados para a inovação. Para completar, a partir desse alinhamento, é possível repensar o posicionamento da empresa no mercado para o futuro do negócio.

Estabelecimento de metas claras

Outro elemento-chave é o estabelecimento de metas claras para todos os colaboradores. Elas devem servir como um norte para a inovação, estipulando quais realizações são esperadas pela empresa e o porquê disso.

Esse processo faz toda a diferença para quem está habituado a culturas organizacionais onde essa não é a realidade. Algo comum em relação à experiência de muitos profissionais no mercado de trabalho no Brasil e no mundo. Isto é, locais em que ações de inovação não são priorizadas, colocadas em prática com frequência ou sequer valorizadas pela direção.

A partir daí, os funcionários podem atuar com cronogramas próprios, realizar testagens de iniciativas e até mesmo propor parcerias a colegas para buscarem esses resultados. Há, portanto, uma maior organização e senso de planejamento para assumir uma postura inovadora e impulsionar a transformação na companhia.

Alocação de recursos

A alocação de recursos para a inovação, por sua vez, tem uma função fundamental na mudança cultural da organização. A empresa pode investir diretamente na criação de incubadoras de ideias e agências de desenvolvimento interno.

Iniciativas nas quais os colaboradores podem se inscrever, dedicando-se, durante um determinado período da semana, a planejar e colocar em práticas diversos projetos. Ações que, se bem sucedidas, podem ser implementadas na instituição para melhorias nos setores.

Para isso, é preciso haver espaço físico adequado e recursos para montagem de equipe para esse serviço, além do acesso a:

  • equipamentos;
  • materiais;
  • ferramentas digitais.

No geral, são itens indispensáveis para que os colaboradores coloquem a mão na massa e produzam os mais diferentes resultados.

Avaliação de riscos e viabilidade

É essencial implementar um sistema de avaliação de riscos e viabilidade. Algo indispensável para as ideias inovadoras apresentadas pelos funcionários. Conforme as ações anteriores são colocadas em prática, a equipe trará sugestões de soluções e reformulações para a empresa.

Porém, nem todas as ideias são eficientes e pertinentes às demandas da organização. Muitas terão um custo elevado, empecilhos para a aplicabilidade e, inclusive, potencial de dano físico e arquitetônico. Portanto, o sistema ficará encarregado de monitorar, analisar e dar o veredito sobre elas.

Metodologias e frameworks de inovação

A inovação empresarial também demanda metodologias para ser aperfeiçoada e incentivada continuamente. Como exemplo, temos:

Esses são modelos de planejamento estratégico que trabalham a colaboração, o planejamento operacional, os contextos de uso e a implementação de inovações.

Para começar, o design thinking é um método de desenvolvimento de produtos/serviços pensado em personalizá-los ao máximo para as necessidades e particularidades do usuário final. Garantindo, com isso, um maior nível de satisfação e de experiência de consumo.

Já o lean startup envolve a prática empreendedora por meio da criação de projetos comerciais que podem virar negócios. Em alguns, até mesmo empreendimentos fora da organização, levando os colaboradores a novos desafios profissionais.

Por fim, a metodologia agile promove novos formatos de trabalho ao longo da jornada semanal. Permitindo, assim, que os funcionários otimizem o tempo, assumam responsabilidades mais conscientes e possam incluir os processos de inovação na rotina.

Cultura organizacional inovadora

Para se ter uma cultura organizacional onde a inovação empresarial é fortemente presente, é preciso serem adotadas medidas que a fomentem, onde a experimentação, o uso da criatividade e a aprendizagem contínua façam parte do cotidiano corporativo.

Para isso, a instituição pode organizar um calendário de atividades, como:

  • cursos;
  • eventos;
  • treinamentos;
  • oficinas;
  • dinâmicas em grupo;
  • campanhas.

A programação deve trazer a prática inovadora para ser discutida e colocada em foco. Boas atividades são aquelas que não envolvem apenas os funcionários, mas também profissionais do mercado como referência nessa temática.

Outro exemplo são programas de inovação, como o disponibilizado pela Emeritus em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC): “Inovação, da Narrativa aos Resultados”.

Com duração de sete meses e aulas online, essa formação proporciona conhecimentos indispensáveis para equipes, como conceitos sobre:

  • inovação aberta;
  • intraempreendedorismo;
  • estratégias para inovação;
  • transformação digital.

Portanto, a inovação empresarial é uma poderosa ferramenta de transformação e atualização para as organizações. Ela pode ser gerenciada e aproveitada para o sucesso dos negócios, em especial na otimização e aperfeiçoamento do ambiente de trabalho.

Além disso, contribui para a ressignificação do papel dos colaboradores dentro das companhias, promovendo um maior protagonismo na área de atuação deles. Também estimula o pertencimento à equipe e integração com os objetivos da instituição.

Com tudo o que mencionado, é fundamental investir em uma cultura organizacional e estar na dianteira do futuro corporativo. O caminho certo para isso está na inovação empresarial.

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