Soft Skills e Hard Skills: como aplicar no PDI para o sucesso profissional

A análise de soft skills e hard skills é cada vez mais relevante para o mercado de trabalho atual, uma vez que permite a identificação das principais habilidades e competências de um profissional.

Com isso, integra o plano de desenvolvimento individual (PDI) e favorece o crescimento de carreira. Por esse motivo, a capacidade de identificação das principais habilidades técnicas e comportamentais dos colaboradores de uma empresa se torna fundamental, desde o processo de admissão até o de aprimoramento das equipes.

Assim, é possível criar um trabalho de colaboração mútua, no qual as soft skills e hard skills dos profissionais contribuem para o negócio, além da organização auxiliar no desenvolvimento de carreira dos funcionários.

Neste artigo, entenda melhor o que são essas habilidades e saiba como fazer para desenvolvê-las no plano de desenvolvimento individual!

O que são soft skills?

As soft skills estão relacionadas à forma que uma pessoa se relaciona com as mais variadas situações, pessoas ou equipes. São habilidades comportamentais altamente pessoais e subjetivas.

Isso significa que o processo para avaliar uma soft skill é mais complexo, pois não leva em consideração apenas dados quantitativos. Os testes requerem uma análise específica e criteriosa.

As entrevistas e o acompanhamento do desenvolvimento de um indivíduo no ambiente de trabalho são os recursos mais utilizados para a análise de habilidades comportamentais.

Portanto, é necessária a criação de um contexto para que os profissionais possam apresentar o modo como tomam decisões e se relacionam com as pessoas em volta. Dinâmicas de grupo, por exemplo, ajudam a reconhecer características de:

  • liderança;
  • trabalho em equipe;
  • flexibilidade;
  • comunicação;
  • ética.

No dia a dia empresarial, no entanto, é possível observar melhor diferentes características, como:

  • organização;
  • proatividade;
  • paciência;
  • capacidade de definir prioridades nas tarefas.

Além disso, a inteligência emocional é uma das soft skills mais procuradas no mercado de trabalho e faz toda a diferença na rotina organizacional.

Por conta disso, o acompanhamento dos colaboradores, sobretudo no período de adaptação a um novo emprego ou novo setor, permite conhecer melhor os profissionais que integram as equipes.

Assim, é possível avaliar se apresentam, de fato, as características necessárias para desempenhar as funções para que foram contratados.

O que são hard skills?

As hard skills, por outro lado, são muito mais fáceis de serem mensuradas. Abordam as habilidades técnicas de um profissional, ou seja, podem ser avaliadas por meio de:

  • testes práticos;
  • análise curricular;
  • feedbacks de treinamentos;
  • demais processos que não envolvem a observação de características práticas de uma pessoa.

Essas habilidades dizem mais sobre o que um profissional sabe fazer. Portanto, podem ser comparadas às demandas de cada cargo e servem como base para realizar um direcionamento adequado de cada colaborador para as vagas e as funções disponíveis no ambiente de trabalho.

A análise das habilidades técnicas também pode ser quantitativa. Por exemplo:

  • contar quantos cursos um profissional apresenta na área;
  • quantos treinamentos já participou;
  • qual foi a pontuação obtida em uma avaliação.

Da mesma maneira, pode ser facilmente observada por testes de conhecimentos, como provas de proficiência em outro idioma, de linguagem computacional e de vários outros saberes que podem ser necessários no ambiente de trabalho.

Com a análise das hard skills, os profissionais de gestão de RH podem avaliar se um ou mais colaboradores têm a preparação técnica necessária para o trabalho a ser desempenhado nas equipes. Por isso, é útil para fazer a combinação ideal entre profissional e funções na empresa.

Qual o papel do plano de desenvolvimento individual?

No geral, um plano de desenvolvimento individual (PDI) vai montar um cronograma de ações para ajudar no desenvolvimento de habilidades e competências de colaboradores em uma empresa.

Dessa forma, relaciona-se com a trajetória dos profissionais dentro do ambiente de trabalho, por meio de:

  • metas;
  • planos de carreira;
  • recompensas;
  • promoções.

O PDI auxilia tanto no desenvolvimento profissional de cada colaborador quanto na produtividade e nos resultados de uma empresa.

Afinal, a organização se compromete a ajudar os funcionários no crescimento de carreira, enquanto os profissionais contribuem para o ambiente de trabalho, como fidelidade ao emprego, empenho nas atividades e maior engajamento nas equipes.

Por isso, um bom plano de desenvolvimento individual serve como ferramenta eficaz para identificar e aprimorar tanto as soft skills quanto as hard skills.

Na prática, ajuda a questionar quais são os setores e cargos que um colaborador gostaria de trabalhar, tal como as habilidades e competências que precisa desenvolver ou aprimorar para seguir esse plano de carreira.

Quais são as soft skills mais valorizadas no mercado?

Como visto, as soft skills estão relacionadas a características que dizem muito sobre a personalidade de uma pessoa e o seu comportamento, sobretudo, no ambiente de trabalho.

Portanto, o mercado apresenta algumas habilidades comportamentais favoritas, uma vez que combinam com as principais demandas apresentadas nos mais variados segmentos e contribuem para o desenvolvimento de um trabalho de qualidade.

São essas soft skills que costumam ser mais avaliadas e procuradas pelos gestores ao divulgarem uma vaga de emprego ou realizarem o acompanhamento dos profissionais na rotina de trabalho.

A seguir, confira alguns exemplos:

Comunicação

A comunicação é uma habilidade valorizada em praticamente todos os ambientes em que é preciso lidar com a troca de informações, a organização de equipes e o trabalho em grupo.

As habilidades de comunicação são necessárias para manter a atuação da equipe coesa. Além disso, servem para estabelecer uma cultura de feedback na rotina organizacional, que contribui positivamente para a realização de melhorias contínuas.

A comunicação é útil não apenas para as habilidades interpessoais, que dizem respeito ao relacionamento com as outras pessoas, como também para o desenvolvimento do ambiente organizacional interno.

Por meio dessa soft skill, é possível desenvolver ideias, soluções e estratégias que podem transformar toda a atuação da empresa.

Liderança

As habilidades de liderança também são características comportamentais. Essa competência envolve a gestão de demandas, de tempo e de equipes, de maneira equilibrada e com foco nas atividades que precisam ser desenvolvidas.

No entanto, é preciso ter em mente que existem diferentes tipos de liderança. Por isso, a identificação dessas habilidades envolve uma análise crítica e técnica. Somado a isso, a capacidade de liderar a própria carreira também está relacionada e não pode ser deixada de lado.

Características pessoais de influência no grupo, capacidade de motivar as pessoas para realizar uma determinada ação e inspiração de decisões e comportamentos na equipe são alguns exemplos de traços de liderança que podem ser encontrados na maioria dos líderes.

Esses atributos estão voltados para o alcance de uma meta, a busca por resultados desejados ou o cumprimento de uma promessa.

Resiliência

Resiliência é uma propriedade física de materiais que conseguem resistir a grandes variações de temperatura, pressão e demais características do ambiente.

Na gestão de RH, essa é uma competência analisada sob a perspectiva de capacidade de manter o foco nas atividades e a ética profissional, mesmo diante das situações mais desafiadoras no espaço de trabalho.

A resiliência reúne diferentes características desejadas no ambiente de trabalho. A gestão emocional, a organização do tempo e o foco nos objetivos são exemplos de fatores que tornam um profissional mais resiliente.

Vale a pena destacar que existem setores do mercado que lidam com variações constantes na rotina do trabalho e podem ser mais estressantes. Áreas das finanças que lidam com investimentos em renda variável são exemplos disso.

Dessa forma, a resiliência é também uma característica que ajuda a manter a saúde mental e o bem-estar do profissional no ambiente de trabalho.

Ao mesmo tempo, relaciona-se com a sua capacidade de manter a qualidade e a performance nas atividades, independentemente das mudanças que ocorrem na organização.

Adaptabilidade e flexibilidade

Ao lado da resiliência, a adaptabilidade e a flexibilidade são características que ajudam a driblar as adversidades e se recompor para dar sequência às atividades profissionais.

No entanto, é essencial saber diferenciar essas soft skills, pois, por mais que sejam confundidas como sinônimos, apresentam traços distintos.

A resiliência diz respeito à maneira como uma pessoa utiliza sua força interior e suas maiores competências pessoais para se recuperar diante de desafios e manter o foco. Já a adaptabilidade está relacionada à capacidade de fazer mudanças nos objetivos, no modo de atuar ou nas atividades profissionais, conforme o ambiente de trabalho pede.

Por último, a flexibilidade fala sobre a disponibilidade de se adaptar e de manter o comprometimento com a organização, mesmo diante da necessidade de mudanças definitivas ou de instabilidades temporárias.

Todas essas características são relevantes para os mais variados ambientes de trabalho. No entanto, negócios que lidam com a gestão de mudanças constantes e são diretamente influenciados pelas variações do mercado podem desfrutar ainda mais de profissionais que apresentam essas soft skills.

Vale a pena destacar que ambientes organizacionais com um alto turnover também vão precisar de profissionais com boa adaptabilidade e flexibilidade.

Com isso, é possível manter a qualidade do trabalho constante, mesmo enquanto novos colaboradores são inseridos na rotina organizacional.

Empatia

A empatia, por sua vez, é uma habilidade relacionada à capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa e tentar imaginar como ela se sente, pensa e age diante de diferentes situações. Assim, os indivíduos aprendem a respeitar melhor o momento e as decisões alheias.

Essa soft skill é muito valorizada no mercado de trabalho e em diferentes ambientes organizacionais, uma vez que permite um melhor relacionamento entre os profissionais de uma equipe. Além disso, é uma habilidade relacionada à compreensão e à inteligência emocional, que ajudam muito na hora de criar uma cultura empresarial positiva e humanizada.

Profissionais com empatia também podem se tornar bons líderes, uma vez que conseguem entender melhor as outras pessoas e, por meio dessa habilidade, podem aprender a direcionar tarefas e demandas conforme o estado emocional de cada membro da equipe.

Outro ponto da empatia na liderança positiva é que mais indivíduos podem se identificar e se comprometer com as decisões do líder, uma vez que se sentem reconhecidos e valorizados no meio em que estão.

Em outras palavras, a empatia é uma habilidade valiosa para os profissionais e, principalmente, para uma organização que busca criar ambientes saudáveis para o trabalho. Consequentemente, o relacionamento e o engajamento dos colaboradores nas equipes podem ter ótimos progressos.

Inteligência emocional

A inteligência emocional, provavelmente, é uma das soft skills mais comentadas no mercado de trabalho, senão a mais estimada. Essa é a capacidade de reconhecer e administrar as emoções conforme o contexto, a fim de manter o equilíbrio e não deixar que o estado emocional interfira consideravelmente no trabalho.

Vale a pena mencionar também que a inteligência emocional não está restrita à identificação dos sentimentos pessoais. Essa habilidade ajuda também a reconhecer o que os outros indivíduos estão sentindo. Por isso, é uma soft skill que se relaciona à empatia.

A inteligência emocional abre portas para diversas outras habilidades comportamentais que podem contribuir para o ambiente organizacional, como:

  • comunicação;
  • regulação emocional;
  • flexibilidade;
  • adaptabilidade.

Quando integradas, convergem para a criação de personalidades pessoais com uma atuação profissional equilibrada e com um bom relacionamento interpessoal.

Como estimular hard skills?

As soft skills e hard skills andam lado a lado na atuação profissional. Por esse motivo, no plano de desenvolvimento individual, é essencial saber como identificar e analisar as habilidades comportamentais, como também estimular o aprendizado de mais competências técnicas.

Por essa razão, saber como desenvolver hard skills é fundamental para o ambiente de trabalho e é mais uma missão do setor de gestão de RH. Afinal, diz respeito às decisões nessa área, desde a análise dos currículos até o investimento em cursos de desenvolvimento e treinamento.

No geral, para estimular as hard skills, é essencial investir em capacitação e qualificação profissional. Dessa forma, a empresa tem recursos para montar o combo perfeito de ferramentas modernas e inovadoras, estratégias eficientes e profissionais capacitados para aproveitá-las no ambiente organizacional.

Nesse processo, desde palestras e seminários até cursos de treinamento e desenvolvimento são valiosos para refinar as habilidades técnicas dos colaboradores. No entanto, é fundamental escolher os temas e os conteúdos corretos, conforme as necessidades e os objetivos da empresa e de suas equipes.

A implementação de uma cultura de feedback e a realização de avaliações de desempenho também podem contribuir para o desenvolvimento das hard skills. Afinal, são processos que entregam dados valiosos para melhorar o planejamento e a aplicação das mais variadas iniciativas em uma empresa.

Outro ponto a ser destacado é o aproveitamento de tecnologias e inovações no plano de desenvolvimento individual nas empresas. Técnicas de inteligência artificial, por exemplo, podem ajudar na personalização e na realização de melhorias contínuas, das mais simples às mais complexas.

Quais são as etapas para desenvolver as soft skills e hard skills em um PDI?

Um bom PDI consegue integrar e parear as soft skills e hard skills dos profissionais. Com isso, estabelece as principais ações que precisam ser tomadas para alcançar um determinado objetivo de carreira ou na empresa.

No entanto, vale a pena lembrar que um plano de desenvolvimento individual é constituído de diferentes etapas. Conheça alguns passos que precisam ser dados para garantir o desenvolvimento de sucesso de soft skills e hard skills!

1. Defina metas específicas

A determinação de metas específicas ajuda a alcançar um plano de desenvolvimento individual focado nas competências pretendidas e nas lacunas de habilidades. Afinal, quando se sabe aonde quer chegar, é muito mais fácil determinar uma trajetória coerente e com diversos aprendizados construtivos.

Por esse motivo, é fundamental alinhar, junto ao profissional, quais são as metas específicas do PDI. Para isso, vale a pena conhecer as expectativas do colaborador com o ambiente de trabalho, os principais objetivos pessoais e financeiros, além de suas motivações de carreira.

A partir da coleta de informações relevantes sobre os planos dos colaboradores, é possível definir metas que vão auxiliá-los a alcançarem os maiores objetivos de carreira. Nesse momento, o setor de RH consegue também aliar esses objetivos aos propósitos organizacionais.

2. Identifique as áreas de melhoria

Ao conhecer o destino, torna-se muito mais fácil identificar quais são os obstáculos que impedem de chegar até ele. Em outras palavras, a definição de metas permite ver os desafios e os pontos que ainda precisam de melhorias.

Ao saber o que precisa de atenção e refinamento, por sua vez, é mais fácil elaborar um planejamento eficaz para a realização de ajustes. Consequentemente, a empresa consegue realizar um treinamento e uma capacitação mais focados no desenvolvimento individual.

3. Faça uma pesquisa de cursos e treinamentos

Como você viu, a escolha dos conteúdos a serem ministrados para os profissionais em desenvolvimento também é essencial. Afinal, diz respeito ao quanto os colaboradores poderão aproveitar os cursos, treinamentos e demais iniciativas de aprendizagem colaborativa para investirem nas habilidades técnicas e comportamentais.

Por essa razão, fazer uma pesquisa de mercado para encontrar os cursos e os treinamentos mais adequados para o perfil dos colaboradores da empresa é uma atitude prudente. Dessa maneira, as chances do negócio aproveitar os investimentos são ainda maiores.

Outro ponto fundamental a ser observado é a busca por instituições confiáveis no mercado. Assim, a organização tem mais segurança de que os conteúdos ministrados são de qualidade e podem trazer um retorno positivo para a empresa e a carreira dos profissionais.

4. Busque por mentores

A participação de mentores no processo de desenvolvimento de habilidades específicas dos colaboradores também é um ponto positivo quando o foco é o PDI. Isso permite um acompanhamento próximo e o sucesso das iniciativas.

Os mentores são responsáveis por identificar as dificuldades dos profissionais e oferecer soluções, suporte e orientações adequados para o crescimento de carreira e o desenvolvimento de cada colaborador. Com foco individual, as metas específicas podem ser alcançadas mais facilmente.

A participação dos mentores envolve um feedback personalizado dos colaboradores para a empresa. Com um relatório de desempenho e do desenvolvimento dos funcionários, é possível avaliar o sucesso do PDI e os ajustes que precisam ser realizados.

5. Incentive a prática sistemática

A prática sistemática é um processo de desenvolvimento gradual, com base em etapas. Desse modo, é feito um planejamento conforme cada fase, a fim de focar em uma das necessidades por vez. Essa técnica se associa bastante à aprendizagem contínua e ao lifelong learning.

Resumidamente, a prática sistemática incentiva o desenvolvimento constante e focado nas necessidades de cada pessoa. Com isso, os profissionais podem obter os conhecimentos básicos para avançar para fases mais complexas e obterem bons resultados, com menores índices de desistência.

A prática sistemática ajuda também a ter uma visão do desenvolvimento ao longo do tempo. Afinal, permite avançar para etapas mais desafiadoras conforme o aprendizado acontece. Isso serve também de motivação para o PDI dos profissionais.

6. Tenha um acompanhamento constante

O uso de recursos que permitem acompanhar a realização do PDI de cada colaborador é fundamental para manter o monitoramento constante. Esse é um processo necessário para avaliar se o plano de desenvolvimento individual está adequado às necessidades e às metas definidas.

Outro ponto de destaque é que o acompanhamento constante é útil no relacionamento entre o profissional e o ambiente organizacional. Afinal, estabelece um vínculo e mostra como a empresa se preocupa com o crescimento do colaborador.

A tecnologia também pode ser uma grande aliada do acompanhamento constante. Softwares associados aos programas de treinamento, por exemplo, podem utilizar métricas que acompanham o desenvolvimento dos colaboradores e entregam relatórios completos.

No geral, como visto, a educação corporativa tem um papel essencial no desenvolvimento das skills. Contar com uma instituição de confiança faz toda a diferença no processo, e a Emeritus está aí com programas de treinamento inovadores, que vão desde práticas educacionais para desenvolvimento de lideranças até a implementação de cultura de inovação nas empresas.

Com parcerias com universidades renomadas em todo o mundo e caminhos de aprendizado intensivos, baseados em cohorts, a Emeritus traz inovação para a educação corporativa. Dessa forma, contribui para o desenvolvimento de soft skills e hard skills valiosas para o mercado e dá apoio ao crescimento de diversos negócios.

Para saber mais sobre como a sua empresa pode aproveitar todas essas vantagens, conheça os cursos da Emeritus e saiba como encontrar conteúdos para potencializar o PDI!

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