Talvez a maior diferença entre o marketing tradicional e o digital seja o papel que os números desempenham nesse último. Está na gênese do digital: taxa de conversão, tráfego, ROI, custo por clique e mais uma infinidade de números.
O marketer da nossa época sabe que a campanha mais criativa de todos os tempos não paga as contas se os números não provarem os resultados. O advento do big data no marketing digital, por sua vez, possibilita o caminho contrário: partir dos números para criar campanhas e estratégias.
Falar em big data no marketing digital não é mais sobre prever o futuro. As ferramentas já existem e as grandes empresas ao redor do globo estão produzindo quantidades massivas de dados — ainda que muito disso seja subutilizado. A questão é transformar big data em resultado: campanhas e anúncios mais bem direcionados, orçamento otimizado, conteúdos que convertem e, é claro, receita.
Quer saber mais sobre o big data no marketing digital? Vem com a gente e confira!
6 maneiras de usar big data no marketing digital
Volume, Velocidade e Variedade: esses são os três V’s que mudaram tudo quando falamos em big data. Os dados nunca foram tantos, tão variáveis e tão rápidos, mas o que estamos fazendo com eles?
Abaixo selecionamos seis frentes em que o profissional de marketing digital pode colocar os dados para trabalharem a seu favor, transformando-os em mais conversões, mais personalização, campanhas bem mensuradas e muito mais.
1. Segmentação por device
A perspectiva é boa para todos que têm algo a vender online e, em especial, para os e-commerces: as pessoas não se comportam igual nos seus smartphones e computadores.
Ter páginas responsivas para celulares, hoje, não é mais do que o mínimo que se espera de quem está no negócio do marketing digital; a questão, agora, é utilizar o big data para entregar experiências personalizadas que coloquem as vantagens (ou desvantagens) de celulares, computadores e tablets para maximizar as conversões e vendas.
2. Precificação, promoções e upsells
Esse é um caso comum de oportunidades perdidas considerando as informações que boa parte das empresas já têm — especialmente aquelas que vendem produtos de compra recorrente ou estão no mundo do SaaS.
As ferramentas de big data permitem escalar a criação de promoções personalizadas — identificar um cliente cujo ticket vem diminuindo, por exemplo — e até mesmo minerar informações externas. O que os dados de compra daquele cliente ao longo do seu lifetime indicam em termos de preferências, interesses, flutuações?
Passa a ser possível, também, escalar soluções para upsell e downsell, minerar dados públicos de balanços de clientes e personalizar ofertas que façam sentido para o momento financeiro do cliente — o que ganha valor ainda mais especial em momentos de crise.
3. Segmentação de campanhas
A dor de muitos no marketing digital que trabalham com produtos com público-alvo amplo é encontrar o tom e a linguagem corretos para atingir com impacto essa gama variada de pessoas. O big data oferece as ferramentas para entregar a mensagem certa em diferentes frentes, para a lead ou cliente certo e no momento certo.
A boa utilização dos dados permite trabalhar com um remarketing mais agressivo e acertado, mas não só isso: toda campanha pode ser um pouco mais bem direcionada se você transformar os dados na trilha para que elas cheguem àqueles que importam. É a inversão total da lógica da publicidade televisiva, por exemplo, onde se divulga para uma quantidade gigantesca de pessoas na esperança de que, no meio delas, se acerte o destinatário certo.
O big data permite criar mais buyer personas para seus conteúdos, acertar o alvo nas redes sociais por meio de hipersegmentações e saber exatamente quais palavra-chave importam para o seu negócio.
4. Mensuração de resultados mais precisa
ROI. O profissional de marketing que não consegue entregar números confiáveis do retorno sobre investimento de suas ações está mais de uma década atrasado. A grande quantidade de dados gerados pelas ferramentas de big data permite que os resultados sejam mensurados de modo cada vez mais preciso.
Cada peça de conteúdo, a mais simples dela, entrega números exatos de conversão em seus call to action. Investiu em um copywriter para as descrições dos produtos? O quanto isso aumentou as conversões? Contratou uma plataforma de automação? Quanto ela vai gerar em seis meses? E em um ano? As brechas para subjetividades vão, definitivamente, desaparecer.
5. Insights sobre consumidores e clientes em tempo real
No marketing tradicional — offline, antes de falarmos sequer em marketing 2.0 —, uma campanha era preparada, lançada e, então, bastava esperar a repercussão e (tentar) mensurar os resultados. O big data no marketing digital permite que isso fique relegado a um passado bem distante.
De um blogpost a uma campanha de lançamento de infoproduto, passando por newsletters ou o que for: os resultados acontecem em tempo real. Testes A/B são gerados e analisados em uma velocidade e quantidade que seria coisa de ficção científica poucos anos atrás. O marketer de hoje precisa usar as informações geradas em tempo real para recalcular rotas e tomar decisões.
6. Conteúdos mais personalizados
O uso de personas, estratégia bastante consolidada no marketing de conteúdo, pode se tornar mais completo por meio do big data. Munido de informações completas sobre os clientes ideais do seu produto, é possível criar estratégias de conteúdo muito mais direcionadas.
Basta pensar em como as plataformas de streaming usam as informações que coletam para oferecer conteúdos cada vez mais personalizados. Falar que isso ou aquilo é o futuro do conteúdo (ou do marketing, num todo) é um terreno bastante traiçoeiro, mas vislumbrar um futuro próximo em que seja comum que os blogs corporativos e outras plataformas entreguem experiências totalmente personalizadas é bastante possível.
O big data no marketing digital já está causando uma revolução que deve ganhar mais e mais tração nos próximos anos — e quem não estiver preparado corre o risco de perder o seu lugar no trem-bala do marketing. Gostou deste conteúdo? Quer receber o melhor da Emeritus no seu e-mail? Assine já a nossa newsletter.