A transformação digital também chegou ao setor de varejo no Brasil. Grandes empresas estão se adequando para conectar plataformas, proporcionar uma experiência omnichannel e crescer. São essas organizações que estão percebendo um aumento nas vendas.
Como acompanhar as mudanças do mercado a fim de se manter competitivo? Neste artigo, vamos apresentar os principais números do varejo no Brasil e mostraremos os desafios mais comuns para você ficar de olho. Que tal conferir?
O varejo no Brasil em números
Mais de 4,8 milhões de negócios brasileiros fazem parte do comércio varejista. Os dados são da empresa de inteligência de mercado Empresômetro e demonstram que muitas organizações conseguiram se manter durante a crise econômica dos últimos anos.
Em 2019, o setor até registrou um crescimento de 1,8% nas vendas, mais um demonstrativo do potencial desse segmento. Todavia, em dezembro, o mercado começou a apresentar indícios de uma queda de 0,8% em relação ao mês anterior. O principal fator que impactou a redução foi o recuo nas vendas de veículos, motos e materiais de construção.
O varejo no Brasil em nomes
Entender quais são as maiores empresas varejistas do país ajuda a perceber os principais fatores que fazem elas terem resultados mais expressivos que os demais concorrentes. Por isso, separamos alguns exemplos das companhias de varejo com mais destaque no Brasil.
Grupo Carrefour
A empresa está no segmento de supermercados e registrou um faturamento superior a R$ 56 bilhões em 2018, segundo o estudo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). Assim como o grupo Carrefour, outras redes supermercadistas também se destacaram na pesquisa. Entre elas, estão o GPA Alimentar e o Walmart.
Via Varejo e Magazine Luiza
Essas duas redes de eletrônicos e móveis também chegaram ao ranking das 10 maiores varejistas do país. A Via Varejo faturou mais de R$ 30 bilhões em 2018, enquanto a Magazine Luiza chegou aos mais de R$ 18 bilhões no mesmo período.
Raia Drogasil
A rede de farmácias despontou como uma das gigantes do varejo no Brasil. Com mais de duas mil lojas espalhadas em diferentes cidades brasileiras e nove centros de distribuição, ela consegue bater de frente com a concorrência local. O resultado disso é um faturamento de mais de R$ 15 bilhões em 2018.
O varejo no Brasil na quarentena
O isolamento social durante a pandemia causada pela COVID-19 mexeu de forma intensa com o varejo Brasil. Segundo estudo da Cielo, a queda nas vendas chegou a 29%, tanto pelos novos hábitos de consumo quanto pelo receio quanto à segurança nos empregos.
Para a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), a retomada do varejo encara os desafios da falta de contato, necessitando de mais tecnologia e exigindo que os empreendedores repensem formas de pagamento e interação, tanto com funcionários e clientes.
O varejo no Brasil e seus desafios
Ao olhar para os principais varejistas do país, podemos entender que eles se destacam por algumas situações: crescimento no mercado mesmo diante de uma crise econômica, grande investimento em tecnologia e expansão do setor.
A Drogaraia, uma das empresas da Drogasil, já atua com um comércio eletrônico por meio de site e aplicativo próprios. A partir do incentivo para o cadastro dos clientes, ela tem em mãos informações pessoais para oferecer descontos personalizados e acompanhar o perfil de compra de cada consumidor.
A Magazine Luiza também já investiu em uma comunicação própria e personalizada ao criar a Magalu, um avatar que publica conteúdos bem-humorados com o objetivo de se aproximar dos clientes. A empresa também já investiu em aplicativo próprio, website e uma estratégia omnichannel.
Diante desses exemplos, é possível perceber que há muitos desafios a serem enfrentados pelo setor varejista no Brasil. A seguir, apresentamos os principais.
Adequação à transformação digital
O primeiro desafio a ser enfrentado pelas redes de varejo menores é acompanhar as tendências da transformação digital. Os clientes da geração Y e as novas gerações estão mais conectadas à internet em busca de facilidade, preço competitivo e qualidade.
Sendo assim, é quase impossível sobreviver no mercado varejista se você não consegue lidar com a transformação digital. É preciso compreender quais são os canais mais utilizados pelo público para criar ações de marketing e facilitar a compra.
Se o consumidor prefere adquirir o produto pelo site e retirar na loja, por exemplo, a empresa precisa oferecer uma boa experiência de integração entre os ambientes online e offline. O uso de tecnologias para acompanhar pedidos, indicar o tempo de entrega e se relacionar com o cliente na pós-venda também faz parte dos desafios enfrentados pela rede varejista.
Agregação de serviços
O varejista também precisa pensar em como se destacar diante da concorrência para ofertar algo diferente. Quem vende vinhos, por exemplo, pode oferecer a possibilidade de o cliente adquirir a bebida com um alimento que faz uma combinação perfeita na hora da degustação.
Ao vender um produto eletrônico que precisa ser instalado na casa do cliente, também é possível pensar em maneiras de criar parcerias locais para prestar esse serviço técnico. Essa é uma forma de facilitar o trabalho do consumidor e agregar valor ao atendimento da empresa.
Experiência de marca
A experiência que o consumidor tem com uma loja também reflete no potencial de venda do mercado varejista brasileiro. Portanto, é preciso pensar nos mínimos detalhes na hora de montar uma loja física ou virtual.
O grupo Boticário, por exemplo, expandiu a sua marca de diferentes maneiras para atingir variados públicos. A rede criou a venda por meio de revendedoras, lançou outras marcas no mercado — como Quem disse, Berenice? e Eudora — e também tem o seu canal de vendas online.
Dessa maneira, a marca consegue oferecer uma experiência voltada ao seu público-alvo e ainda fortalece o seu nome no mercado. As jovens brasileiras, por exemplo, passaram a se identificar mais com a comunicação da marca “Quem disse, Berenice?”. Enquanto isso, a Eudora trabalha junto às revendedoras e algumas lojas de showroom, que proporcionam uma experiência de marca.
Da mesma forma que o grupo Boticário precisou se reinventar para competir com a Natura e outras empresas, organizações de diferentes setores também devem compreender que é preciso acompanhar os concorrentes. Além disso, é fundamental identificar qual é o seu público-alvo e criar experiências marcantes em suas lojas físicas ou virtuais.
Quem não seguir o caminho da inovação está fadado ao fracasso, pois os consumidores estão cada vez mais exigentes e com um poder de comparação de preços e atendimento.
Adotar a metodologia ágil no negócio é uma maneira de analisar o cenário do varejo no Brasil, além de criar e testar ações de forma rápida para acompanhar as mudanças do mercado. Ao dividir os processos em pequenas etapas e executá-las, você vai conseguir avaliar se a ideia funciona e se trará resultado financeiro à empresa.
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