O que não pode faltar ao líder na era digital? O que gestores, empreendedores e gerentes precisam para conduzir a inadiável e tão falada transformação digital? O ambiente corporativo se informalizou, as gerências e diretorias se juvenesceram e o trem da história não dá sinais de que pretende esperar quem falha.
Neste artigo, o blog da Emeritus traz para você 5 características esperadas de um líder na era digital, desde a urgência em tomar decisões guiadas por dados à construção de uma cultura de feedbacks genuína — quem é esse líder e por qual caminho se chega lá. Boa leitura.
5 características esperadas de um líder na era digital
Dados e mais dados, feedbacks e mais. Vamos passar por cinco das características que não podem faltar ao líder da era digital.
1. Seja data-driven
“Em Deus nós confiamos, todo o resto deve trazer dados” é provavelmente a frase mais conhecida de William Edwards Deming, professor e palestrante norte-americano, pai do conceito de Gestão da Qualidade Total — e um ótimo ponto de partida para falarmos do líder na era digital.
Pense em uma empresa que você admira, pela gestão, pelos resultados, e que chacoalhou seus respectivos mercados na última década — ela está tomando decisões guiadas por dados. Netflix, Disney e Amazon são três exemplos com ampla bibliografia online sobre como os dados têm papel central em suas gestões e tomada de decisões.
Se você toma uma série de decisões por dia no trabalho, pergunte-se quantas delas foram tomadas com o suporte de algum dado. Entre as que não foram, quantas poderiam ter sido? Quantos insights os números proporcionaram a você no último ano?
Uma pesquisa de 2019 com líderes de enterprises nos setores financeiro e de saúde indicou que 97% das empresas trabalham com Big Data e Inteligência Artificial em algum nível hoje. No entanto, apenas 31% dos entrevistados acreditam estar em uma organização data-driven.
Se não existe hoje uma estrutura na sua empresa que empodere os colaboradores (de analistas a diretores) com dados, então está aí uma ótima oportunidade para que você tome a frente dessa transformação.
2. Assuma riscos
Elon Musk, CEO da Tesla, da SpaceX e um dos empreendedores mais badalados da nossa época, disse em uma das suas frases célebres que “quando algo é importante o bastante, você o faz mesmo que as probabilidades não estejam a seu favor”.
A frase é polêmica, mas traz uma lição importante em uma época que tanto se fala sobre disrupção e inovações disruptivas, mas muito se esquece que empresas e empreendedores que realmente conseguiram criar produtos disruptivos assumiram riscos altos.
Os fundadores do Airbnb não tiveram facilidade — longe disso — em convencer investidores que pessoas alugando as casas uma das outras era uma ideia de negócio viável. A Adobe mudou (quase) tudo sobre o seu modelo de negócio para sobreviver — e muita gente achou que era insanidade.
É claro que a linha entre assumir os riscos inerentes à inovação e assumir riscos simplesmente estúpidos pode ser bastante tênue. Seguir altos padrões de responsabilidade financeira e compliance são exigências mínimas do líder da era digital — coragem e visão para ir além do óbvio, por sua vez, é raridade.
3. Dê feedbacks, receba feedbacks, ame feedbacks
O mundo dos negócios é cheio de buzzwords, palavrinhas — normalmente em inglês — que surgem do dia para a noite e caem na boca de todos nos escritórios afora. Algumas são brisa passageira; outras insistem em ficar, extrapolam o mundo dos negócios e encontram o seu lugar cativo na língua portuguesa. Feedback faz parte desse segundo grupo.
Estar em uma posição de liderança 4.0 é um compromisso diário e inegociável de saber ouvir e se fazer ouvido. Dar e receber feedbacks têm muito a ver com isso. A prática do one on one, por exemplo, se espalhou por empresas de todo o mundo nos últimos anos: reuniões periódicas (semanais ou quinzenais) entre líderes e liderados. Apenas os dois, em um ambiente seguro, onde se pratique a crítica construtiva e a escuta ativa.
Escuta ativa é sair daquele lugar de inércia em que as coisas entram por um ouvido e saem por outro. É verdadeiramente prestar atenção e refletir sobre o que está sendo falado. A ideia do chefe que grita e dá socos na mesa não é só ultrapassada, mas simplesmente inadmissível nas companhias que mudaram o mundo nas últimas décadas. O chefe da era digital, é claro, não tem nenhuma semelhança com o estereótipo valentão de alguma comédia dos anos 1990.
Se quiser ir mais a fundo no tema, o livro A arte de dar feedback, coleção de textos da Harvard Business Review publicada no Brasil pela Sextante, é um ótimo ponto de partida.
4. Inspire e empodere outras pessoas
Você recebe feedbacks porque deseja ser melhor. Você dá feedbacks porque deseja que os seus comandados sejam melhores — verdadeiramente melhores.
Gerir pessoas é, em grande parte, sobre o sucesso dessas pessoas que você está gerindo. Você ganha quando um liderado seu tem uma ideia que chega até a presidência; ganha quando um liderado seu é promovido.
Pergunte para os seus liderados o que eles esperam da carreira, realmente ouça e dê insights valiosos sobre aquelas aspirações. Dê elogios, crie um ambiente propício à experimentação e inovação e não deixe vaidades pessoais interferirem no caminho do sucesso dos funcionários que estão sob a sua liderança.
5. Atualize-se, sempre
Sabe a velocidade com que o celular mais moderno de todos os tempos fica desatualizado? É mais ou menos o mesmo tempo que um profissional da era digital leva para ficar para trás.
A palavra-chave aqui é reskilling, o processo constante de requalificar-se, adquirir novas habilidades e não deixar o bonde da história passar. Tanto as soft quanto as hard skills exigidas pelo mercado se transformam em uma velocidade que pode ser assustadora, e aquela velha história sobre ser um eterno estudante é a melhor defesa nesse caso.
Como se preparar para a liderança nesse cenário
Dados, transformação digital, customer centric, disrupção. Muito se espera do líder da era digital, e manter-se atualizado é um imperativo. Ler, estudar e aprender com os melhores é o caminho para viver o constante processo de reskilling exigido pelo mercado de hoje.
A Emeritus traz para você o curso de liderança “Estratégias Digitais para Negócios”, ministrado pelo professor David Rogers, diretor da Columbia Business School. Rogers é consultor de empresas como Google, GE, Toyota e Visa e capacitou executivos em mais de 60 países. Inovação pela disrupção, Big Data e os modelos de negócios da era digital são alguns dos tópicos abordados por Rogers.
Quer saber mais sobre esse curso inédito no Brasil e que vai colocar você na mesma página dos executivos das empresas mais digitais do mundo? Confira já todas as informações sobre o curso Estratégias Digitais para Negócios, da Columbia Business School, e seja o líder da era digital — as aulas começam em breve!