As mulheres são a maioria da população brasileira (51,7%). No entanto, ainda são minoria no mercado de trabalho. Quando falamos das posições de liderança, embora tenhamos vivenciado uma melhoria nos últimos anos, elas ainda representam apenas 16% das posições mais altas.
Muito provavelmente você já viu alguns desses dados antes, mas talvez ainda não tenha parado para analisar as barreiras e os desafios enfrentados pela liderança feminina, que tenta se desenvolver profissionalmente e construir a sua carreira no país.
Para entender esses impactos e eliminar essas barreiras dentro da sua empresa, confira a seguir alguns dados sobre os desafios enfrentados pelas mulheres no Brasil!
Os principais dados sobre as mulheres no mercado de trabalho
Nos últimos anos, o acesso de meninas ao ensino educacional cresceu. No entanto, depois de formadas, apenas 48,5% delas participam do mercado de trabalho em comparação a 82% dos homens. E, quando o fazem, ganham um salário 21% menor do que os seus pares do sexo masculino, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
No Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD — Contínua), no 3º trimestre de 2019, elas representavam 52,5% das pessoas em idade de trabalhar. Todavia, entre a população ocupada, verificou-se a predominância de homens (56,1%) em comparação às mulheres (43,9%).
De acordo com o relatório da International Business Report (IBR) — Women in Business 2019, realizado pela Grant Thornton, em relação aos cargos de liderança, as mulheres ocupam apenas 25% deles dentro das organizações. Quanto mais alta a posição, menor é a participação feminina. Nos cargos mais altos, esse número cai para 16%.
Os maiores desafios enfrentados pela liderança feminina
Os números apresentados no tópico anterior são um ingrediente a mais em uma situação complexa, que envolve ainda o preconceito, a maternidade, o machismo e a desigualdade salarial entre homens e mulheres ocupando a mesma posição. A seguir, apresentamos mais informações sobre esses temas. Confira!
Desigualdade salarial
Uma pesquisa realizada pelo IBGE mostrou que a população feminina ganha menos do que a masculina em todas as ocupações selecionadas no estudo. Embora tenha tido uma queda na desigualdade salarial entre 2012 e 2018, as mulheres ainda ganham, em média, 20,5% a menos do que os homens no país.
Maternidade
De acordo com dados do Google, a busca por termos relacionados à demissão, estabilidade e licença-maternidade cresceu mais de 300% nos últimos 6 anos. Da mesma forma, a procura por “congelamento de óvulos” aumentou 89% no mesmo período, indicando que ainda que as mulheres queiram ter filhos, elas sentem a necessidade de adiar a maternidade por medo de perder oportunidades de trabalho.
Assédio moral e sexual
Em 2018, o tema “assédio moral no trabalho” foi o 2º termo mais buscado no Google. O lado positivo disso foi que o debate sobre o assédio sexual e moral cresceu na sociedade, e a busca por regras mais definitivas que garantam a segurança da mulher em seus ambientes de trabalho ganhou mais destaque.
As mulheres que prosperam com a liderança feminina
Contudo, apesar de todos de desafios enfrentados, a liderança feminina vem prosperando dia após dia. Confira a história de duas mulheres que estão rompendo as barreiras e se tornando grandes referências para a população feminina no mercado de trabalho.
Camila Farani
Camila Farani é empresária e faz parte do time dos “tubarões” do Shark Tank Brasil. Ela é a única mulher bicampeã da classe Melhor Investidora-Anjo do Startup Awards. Camila é advogada, pós-graduada em Marketing e especialista em Empreendedorismo e Inovação.
Cristiana Arcangeli
Cris Arcangeli, como é mais conhecida, é empresária e atua no mercado de beleza, bem-estar e alimentação. Empreendedora, Cris, acredita na economia criativa e já criou cinco empresas: Phytoervas, Phyta, PH — Arcangeli, Eh e Beauty’in. Além disso, é sócia do Fundo de Investimento Phenix.
Apesar de todos os desafios enfrentados pela liderança feminina no mercado de trabalho, não podemos ignorar o fato de que estamos vivenciando uma maior preocupação das empresas pela igualdade de gênero. Com isso, esperamos que, nos próximos anos, o Brasil siga desenvolvendo cada vez mais estratégias de sustentação dessa mudança e que, em breve, esses números possam ser mais igualitários.
Agora que você entendeu mais sobre a liderança feminina, compartilhe este post nas suas redes sociais e ajude os seus amigos e conhecerem mais sobre o assunto também!