Como a IoT tem afetado diretamente as organizações?

Dados minuciosos sobre os seus clientes para que as decisões se tornem mais acertadas. Monitoramento de cargas para facilitar a logística. Vitrines wireless para uma melhor experiência dos consumidores. Acompanhamento de pacientes feito de forma remota. Todas essas soluções são possíveis com IoT, conceito que tem transformado a maneira como fazemos, praticamente, tudo.

Com a Revolução 4.0, cada vez mais soluções disruptivas estão ao alcance de todos. Ignorar essas transformações é um perigo para as organizações se manterem competitivas. A seguir, trazemos um panorama sobre IoT, seus desafios e como tem sido usado por diversas empresas.

O conceito de IoT

iot

IoT é a abreviação para o termo Internet of Things, ou seja, internet das coisas. Na prática, trata-se de uma rede de dispositivos físicos variados, como veículos, eletrodomésticos e outros elementos incorporados a sistemas eletrônicos, softwares e sensores que conectam todos os itens para que exista uma troca de dados.

Quando falamos em internet das coisas, parece amplo e — de fato — é. O termo “coisas” pode se referir a uma pessoa com um implante de monitor cardíaco, um animal de estimação com um microchip para identificação, dispositivos de casa que permitam que, pelo celular, você desligue eletrodomésticos, seu smartwatch que libera a verificação de notificações variadas ou diversos outros usos.

O conceito de IoT se torna possível porque um endereço de IP acaba sendo atribuído a um objeto, dando a este a capacidade de transferir dados pela rede. Nada de mágica, só tecnologia mesmo.

Por conta dessa inovação, é cada vez mais simples criar oportunidades para integrar diretamente o mundo físico em sistemas baseados no computador. As vantagens são inúmeras e incluem melhorias em processos, eficiência, economia para organizações e menor esforço do ser humano, que pode focar em novas estratégias e constante inovação.

O que os especialistas têm falado sobre IoT

David L. Rose é um dos grandes estudiosos do conceito e escreveu o livro Enchanted Objects: Design, Human Desire, and the Internet of Things. Para ele, entre 50 bilhões e um trilhão de dispositivos serão conectados à internet nesta década, resultando em US$ 14,4 trilhões em impacto econômico. Ou seja, é uma realidade para se considerar urgentemente.

Ainda de acordo com David, é preciso repensar o uso de objetos, agregando novas funções e características. Por exemplo, o relógio pode ser completamente inútil se você quer saber somente que horas são, mas consegue se transformar em algo informativo e útil quando transformado em um smartwatch.

Harriet Green, que é CEO e Chairman da IBM Asia Pacific, afirma que um dos maiores desafios ao olhar para toda a gama de inovações é que muitas pessoas ainda estão usando a tecnologia do século XX em um mundo do século XXI. Ou seja, dá para evoluir muito.

Conheça a realidade brasileira quanto ao uso de IoT

O Brasil ocupa o 9º lugar no ranking mundial de investimentos em TI, atrás apenas de países como Estados Unidos, Japão, China, Reino Unido, Alemanha, França, Canadá e Índia — isso de acordo com o estudo Mercado Brasileiro de Software e Serviços, da ABES Software com IDC. Já na América Latina, o Brasil está na primeira posição em investimentos.

Para 2019, as expectativas foram de R$ 36 bilhões de investimentos (cerca de US$ 9 bilhões), impulsionados pelas vendas de dispositivos, principalmente smartphones.

Os investimentos em Big Data e Analytics devem ficar em US$ 4,2 bilhões. Já em relação ao uso da Inteligência Artificial (IA), o estudo indica que, em nosso país, 15,3% das médias e grandes empresas contam com essa tecnologia entre as suas principais iniciativas — também é esperado que esse número cresça cerca de quatro vezes.

Falando especificamente de IoT, as expectativas são de que esse mercado movimente US$ 9 bilhões em 2019, com possibilidades reais de crescimento acima de 20% até 2022, devido a diversas parcerias.

Entretanto, o Brasil ainda precisa fazer a regulamentação do IoT. A Anatel abriu consulta pública em setembro de 2018 para a reavaliação da normatização para fins de expansão das aplicações da tecnologia. Inclusive, existem algumas propostas legislativas de isenção de tributação sobre comunicação entre máquinas com o objetivo de fomentar o desenvolvimento dos modelos de negócios e uso do IoT.

Quais são as principais oportunidades geradas

Quando organizações trazem a Internet das Coisas para as suas rotinas, é possível fortalecer uma cultura de decisões baseadas em dados (data driven), monitorar novos processos, melhorar a eficiência e ganhar em insights constantes. Na sequência, falamos de alguns usos mais frequentes da tecnologia.

Logística

Empresas que dependem de transportes e entregas conseguem fazer uma gestão de frotas, monitoramento e rastreamento de formas mais ativas com a conexão de veículos e cargas. Mas ainda há mais inovações. Engenheiros da Amazon estão trabalhando em um drone que pode fazer as entregas em 30 minutos ou menos — o processo segue em testes nos Estados Unidos.

Cidades inteligentes

Coletar dados de diferentes sensores em áreas urbanas é uma forma de monitorar e melhorar diversos serviços em uma cidade, como segurança, coleta de lixo, saneamento básico, uso e abastecimento de água, entre outros.

Monitoramento remoto de saúde

A telemedicina usa a tecnologia de IoT para facilitar o dia a dia tanto de profissionais de saúde quanto de pacientes, promovendo uma comunicação mais ativa e um atendimento rápido, ainda mais quando os envolvidos estão em áreas remotas.

Big Data

Os dispositivos conectados a redes de internet estão emitindo informações a todo momento. Esses dados são uma fonte rica de conhecimento para tomar decisões mais acertadas.

Uma empresa que trabalha com venda de softwares usando um sistema de CRM, por exemplo, consegue entender como melhorar a abordagem aos clientes graças a essas informações.

Novas formas de pagamento

Quando se trata de IoT, o dinheiro físico se torna cada dia menos necessário. Isso porque hoje já existem formas de pagamento como pulseiras, biometria, celular e até selfie.

Automação de varejo

Quem trabalha com varejo se beneficia ao integrar toda a cadeia de vendas, entendendo melhor como os clientes agem durante a compra, quais páginas do site são mais atrativas, quais não são etc. Quanto ao comércio físico, as lojas podem ter sensores e vitrines wireless que trazem uma experiência satisfatória aos clientes.

Conheça os desafios quanto ao uso de IoT

Junto aos avanços tecnológicos, também existe o potencial para o uso antiético da tecnologia. Para dar um exemplo: televisores com capacidade de controle de voz poderiam ser usados como um dispositivo de escuta, sem contar hackers que invadem os mais variados sistemas.

Dessa maneira, quanto mais dispositivos você tiver, mais dados precisará proteger — diferentemente de alguns anos, quando bastava proteger o seu notebook ou computador pessoal. Para quem trabalha com dados de terceiros, essa questão é ainda mais séria. Assim, sistemas de criptografia, confidencialidade e autenticidade se fazem necessários para que todos as informações transmitidas se mantenham em segurança.

Também é preciso estar ciente de que a quantidade de informações é muito maior do que o esperado. Sendo assim, deve-se aperfeiçoar as formas de armazenamento, análise e rastreamento.

As oportunidades com IoT são variadas e podem trazer importantes diferenciais competitivos às empresas e melhorias à vida das pessoas. Diante do cenário crescente de possibilidades, é preciso identificar aquelas que vão agregar ao seu negócio para fazer um investimento acertado na infraestrutura. Como estamos falando em dados, ainda é preciso garantir a segurança destes, assim como o uso eficiente, guiando as melhores decisões.

Nosso convite é que você siga se atualizando sobre inovações e tecnologia ao ler sobre como a transformação digital pode impactar os seus negócios.

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