Afinal, o que é e como é feito o Design Sprint?

O Design Sprint apresenta uma proposta inovadora na resolução de um velho desafio. Afinal, como identificar e implementar novas ideias para solucionar problemas sempre que necessário?

A ferramenta, criada no Google Ventures, oferece um processo para progredir em projetos. Consequentemente, a solução dos problemas não dependerá de elementos imprevisíveis, mas de etapas estruturadas e repetíveis.

O conteúdo a seguir reúne uma visão geral sobre o tema para despertar o interesse e facilitar a implementação do Design Sprint. Continue a leitura e desenvolva uma habilidade profissional relevante!

Fique por dentro do conceito de Design Sprint

A ferramenta apresenta um processo dividido em cinco etapas, dentro da qual as equipes partem do entendimento de um problema até o teste de protótipos junto aos clientes. Além disso, caracteriza-se pelo circuito enxuto de atividades, uma vez que as etapas são distribuídas em cinco dias.

O livro “Sprint”, de Jack Knapp, introduz o Design Sprint a partir do case do Robô Relay, da Savioke. Em linhas gerais, a inovação seria responsável pelas entregas de utensílios aos hóspedes de hotéis, e os desenvolvedores tinham medo de uma reação ou experiência negativa das pessoas quando fossem apresentadas ao autômato.

Inicialmente, a ferramenta serviu para pensar o caminho do robô até os hóspedes, identificando o momento mais crítico ao sucesso do produto: a entrega dos objetos. Logo, pensaram maneiras de tornar essa experiência positiva — como o robô dançar ao receber uma avaliação de cinco estrelas e aparentar ter emoções e sentimentos, como os personagens de ficção.

Depois, usou-se um protótipo para entregar uma escova de dentes, monitorando a reação do grupo de teste. Na prática, as pessoas se mostraram satisfeitas com a novidade, reagindo positivamente e validando o design do robô. Ademais, foi possível testar quais ideias realmente contribuíram para melhorar a experiência com a tecnologia.

A aplicação do Design Sprint

Embora a palavra design remeta a dar forma a um produto, a ferramenta é bastante flexível. Na prática, ela pode ser usada sempre que, diante de um problema, as equipes precisem levantar ideais e encontrar soluções.

Os diferenciais para outros processos de tomada de decisão são a velocidade com que as etapas ocorrem, a premissa de criar um protótipo e o teste junto aos clientes. Também é uma característica a mobilização de uma equipe multidisciplinar, capaz de realizar um trabalho colaborativo.

Quanto aos usos, o Design Sprint pode ser aplicado em qualquer etapa de um projeto. O foco pode ser levantar ideias inovadoras, remover um bloqueio ao andamento das atividades, resolver um problema em produtos, serviços e processos, entre outros desafios.

A única questão é que, não se trata de uma metodologia para que tudo esteja pronto em cinco dias, mas para progredir em um ponto específico.

Descubra como o Design Sprint funciona

A ferramenta exige a formação de uma força-tarefa, responsável por priorizar o desafio. Muitas vezes, nos cinco dias de atividades, as pessoas bloqueiam a agenda para outros compromissos. É a lógica de empregar o máximo de esforço em um ponto específico.

Além disso, antes de iniciar, é preciso organizar a equipe e outros fatores dos planos de ação, como cronograma e recursos disponíveis. Os preparativos devem abranger, ainda, a definição do desafio que se quer ver superado ao final das etapas.

Unpack

A primeira etapa consiste em entender o problema. É o momento de análise e da coleta de informações, bem como de definir mais claramente um alvo ao processo. Aqui, é bastante comum usar o storytelling para descrever a jornada do cliente com o produto e como ele pode ser afetado pelo problema.

Sketch

Já no segundo dia, a equipe é chamada a levantar soluções. Diversas práticas, como brainstormings, divisão em subgrupos de trabalho e listagem individual, podem ser usados para se chegar a um grande número de ideias. Também é importante refinar as propostas, permitindo que os membros discutam e detalhem o funcionamento das ideias.

Decide

O dia seguinte é marcado pela filtragem das ideias apresentadas. Trata-se de um momento no qual a equipe avalia a viabilidade, o esforço necessário e o possível resultado das propostas. Além disso, é preciso transformar as ideias selecionadas em hipóteses que possam ser validadas a partir de um protótipo.

Prototype

O passo seguinte é criar um protótipo para fazer o teste das ideias selecionadas com clientes reais. Essa representação do produto dependerá do tipo de desafio enfrentando. Por exemplo, em uma empresa de tecnologia, pode ser uma versão simplificada do software que tenha as funcionalidades propostas; em um supermercado, a reorganização das prateleiras conforme as ideias extraídas da Business Intelligence e assim por diante.

Test

A etapa derradeira é o teste junto aos clientes. A ideia é escolher pessoas do público-alvo, preferencialmente aquelas de um ponto de venda, no caso de um produto ou mudança nos serviços destinados ao consumidor. Nesse momento, a equipe observará reações, coletará feedbacks e escutará os destinatários da solução.

Ao final, é importante documentar as etapas. Em todas as fases, a equipe produziu conhecimento sobre produtos, processos, contexto organizacional etc. Logo, ideias e avaliações que podem ser úteis no futuro.

Conheça os benefícios do Design Sprint

design sprint

O processo enxuto e pautado na experimentação traz benefícios valiosos para a empresa, principalmente em sua capacidade de inovar, aprender e resolver problemas — tão importantes em um contexto de valorização da economia criativa. Veja as principais contribuições.

Promover a cultura da inovação

Ao lado dos efeitos diretos, o Design Sprint apresenta um efeito símbolo. Ele é um elemento externo que reafirma crenças e valores relacionados à inovação. Ademais, com a repetição do processo, a ferramenta muda o modo de pensar dos colaboradores — são chamados a apresentar ideias, discutir propostas divergentes, aplicar o customer centric, entre outras ações.

Responder rapidamente ao cenário

A Era Digital se caracteriza pela velocidade das mudanças. Logo, processos lentos e burocráticos para tomar decisões e implementar projetos perdem a eficácia, exigindo mudanças por parte dos gestores. Uma delas é aplicar metodologias ágeis, como é o caso do Design Sprint.

Receber feedbacks consistentes

A ferramenta gera, ainda, um grande benefício em termos de validar ideias e aprender com a experiência. Tanto o que deu certo como o que deu errado estará embasado na recepção dos destinatários das soluções, ou seja, em um feedback muito mais consistente.

Melhorar indicadores financeiros

Para encerrar, é importante mencionar os ganhos patrimoniais. Além da redução de custos por filtrar ideias ruins, a entrega de valor da empresa fica muito mais ajustada às necessidades dos destinatários, o que afeta a satisfação do cliente e, posteriormente, a receita.

Sendo assim, o Design Sprint é uma ótima alternativa voltada à solução de problemas e à superação de desafios. A ferramenta não só é relevante do ponto de vista de aprender e aumentar o capital intelectual, como afeta indicadores-chave para o sucesso dos negócios.

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